Cães,
livros, cafés, amor ... o livro perfeito!
Há
poucos minutos acabei de terminar o livro "Os cães nunca deixam
de amar", de Teresa J. Rhyne. Lembro exatamente do dia em que
comprei o livro. Logo pensei: deve ser uma história linda! O cão e
a autora superando um tenebroso câncer. Todavia, como a própria
Teresa, mais ou menos afirma ao longo do livro, não gosto de ler
histórias nas quais possa acontecer algum mal para o animal. Não
posso ler e não sei lidar com isso. Comprei o livro e o deixei
muitos meses na minha estante, com medo de ler e entrar em desespero.
Tenho esse tipo de relação sentimental com meus livros. Tenho medo,
receio, amor, ódio, e outros sentimentos indescritíveis por cada um
deles.
Faz
um mês que terminei de ler novamente uma das minhas sagas favoritas
(os livros do Harry Potter), por que simplesmente decidi que
precisava relembrar o sentimento de ler eles (ainda hoje é
inexplicável).
Decidi,
depois, que queria uma história realista, algum livro que me
emocionasse profundamente, ou, como sempre afirma uma pessoa muito
querida (não vou citar o nome dela sem a permissão), precisava ler
um livro para chorar, e foi exatamente o que aconteceu, mas por
motivos diferentes dos quais eu imaginava.
Teresa
começa falando da própria história, já logo envolvendo seu amor
por livros e cachorros. Após, discorre sobre o diagnóstico de seu
beagle e sobre todo o seu tratamento e o empenho dispendido neste.
Teresa,
sei que nunca vai ler isso, mas sério, não achei que iria encontrar
alguém tão parecida comigo neste aspecto! Teu amor pelo Seamus me
comoveu, verdadeiramente. Lutaria por cada um dos meus cães até o
final, não importando as consequências! Não chorei pelo cão, em
si, mas chorei por que senti a dor nas palavras da autora durante o
tratamento do beagle. Cães são seres inigualavelmente amorosos e é
terrível que tenham que passar por certas experiências.
Ainda,
a autora não deixa passar nenhuma fase da vida sem um bom livro e
pensando em seu café especial do Starbucks, o que realmente combina
com a ideia inicial deste blog e com os mesmos sentimentos que eu e a
outra autora (Régia Rosa) partilhamos.
Importa
ressaltar que o companheiro da autora (e que companheiro!!!)
demonstrou o verdadeiro significado desta palavra, durante todo o
tratamento de Teresa, e ao que parece, durante toda a vida! "Ele
fez biscoitos. Ele vai ficar acordado comigo. E são quatro horas da
manhã. Ele nem sequer se assustou com a minha aparência. A tensão
no meu rosto relaxou. Meus ombros soltaram, e eu me juntei a Chris no
sofá." p. 272.
Enfim,
chorei não somente pelo fato de ser uma histórica verídica, mas
por ter me identificado com a autora em diversos aspectos e por
admirar como ela conseguiu expôr alguns sentimentos tão profundos
de uma forma sincera, mas em nenhum momento indelicada demais. Vou
ler a continuação em breve (preciso confessar que estou com
medo!!!).
Meu
marcador de páginas está cheio de pelos caninos e a Mel (minha
adorável pug gorda, que já passou por poucas e boas, diga-se de
passagem), está sentada no meu colo, nesse momento!
Me
despeço com uma das melhoras frases da autora, do mais emocionante
capítulo do livro, que em minha opinião, precisa ser
entendida no contexto (não vou revelar nada mais!!!!): "Sim. O
cachorro sobreviveu. E eu também sobreviveria." p. 273.