terça-feira, 25 de agosto de 2015

Caixa de Pássaros - Josh Malerman (Lido)



NÃO ABRA OS OLHOS!

        O aviso na capa já deixa claro o quão tenso é esse livro tão M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O.
     Terminei de ler o caixa de pássaros e fiquei realmente muito encantada, tanto que tive que disseminar o mal por ai, até pra ter com quem falar das agonias que ele traz.
        Caixa de pássaros é um livro pesado, super tenso e extremamente bem enredado. Malerman não deixou espaço para queixas de quem tem boa imaginação, e realmente é delicioso passar o livro todo imaginando que criatura, que coisa é, ou são essas que fazem restar apenas poucos sobreviventes, que fazem com que a personagem não tenha com quem contar a não ser com seus filhos que são simplesmente SENSACIONAIS.

        Há quem compare a história com o que se vê em Lovecraft, autor que tinha a ideia de que "a realidade do universo é o caos, infinito, aonde o único sentido é tentar sobreviver o máximo possível" (descrição extraída do blog Ah duvido!!), pensamento que realmente é bem perceptível no livro, uma baita sacada de quem realmente quer entreter, e deu certo, porque se por um lado a capa diz pra não abrir os olhos, por outro, quem começa a ler não consegue fechar os olhos, nem a mente, que explode a cada página.
        Caixa de pássaros é pra quem tem nervos fortes e é resistente a pesadelos, porque eles invadem a noite de alguns leitores.
       Falar de caixa de pássaros sem dar spoiler é um tanto difícil, porque dá vontade de contar tudo, mas vou tentar me limitar e não fugir do que o resumo da contracapa traz.
        Imagine como seria ser praticamente sozinho, mas ter que cuidar de dois filhos (ta, muita gente faz isso), mas imagine que muitos já morreram à sua volta, que você não sabe o porquê, que você não pode abrir os olhos, que você tem um longo caminho a percorrer rio a dentro e tudo que tem para salvar a sua vida e a de seus filhos é o treinamento que você pode dar a eles, você depende da confiança que tem em si e em duas crianças. Olhos fechados e ouvidos atentos, e tudo que você sabe é que tem que fugir, mas é melhor ficar sem saber do que.
        Simplesmente um dos maiores, melhores e mais aterrorizantes suspenses que já li. Além de contar com uma arte que é forte como o conteúdo, é um livro pra se comprar pela capa também, porque ela é linda e ainda tem uma textura diferenciada, ele é macio e ao mesmo tempo crespinho, não dá bem pra explicar, tem que pegar mesmo, e começar logo a ler. Outro atrativo é o preço, em média ele custa uns R$30,00, e pro que a gente encontra lendo ele, sinceramente, é um presente ele ser tão barato.
        Enfim, caixa de pássaros vale a pena em todos os sentidos, então, não tem mais o que dizer além de:
NÃO FECHE OS OLHOS!


(Régia Rosa)

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Lugares Escuros - Gillian Flynn (Lendo)



     Essa é a primeira postagem da gente pra falar de livros no blog. A intenção, primeira, é falar sobre cada livro que estivermos lendo, pelo menos duas vezes, uma durante a leitura e uma quando terminarmos de ler. Mas claro, esse é o objetivo, nada impede que a gente de uma pinta sobre livros que acabamos de comprar/ganhar ou de livros que já lemos, e achamos bons e importantes.
     Lugares escuros está sendo um livro muito gostoso de ler.
     O que estou encontrando nele é uma história envolvente e bem emendada, que deixa clara e nítida a mudança de tempos, cada entrada e saída.
     A história de Libby Day e sua família, deixa claro que ela esconde algo de si mesma, algo que nem ela faz ideia do que seja.
     Esse lugar escuro na mente da menina que se vê obrigada a "adultecer" depressa, sem imaginar por onde começar isso é o que nos leva a abrir o livro e querer acabar logo de ler pra descobrir o que há nos lugares escuros de Libby.
   O mais gostoso desse livro é que ele nos faz pensar muito, também depois de ter sido, dolorosamente, fechado.
       O que está, afinal, se é que há algo, escondido em nossos "lugares escuros".
     Comprei esse livro, assim que bati o olho. Simplesmente a Editora intrínseca está de parabéns. Lugares escuros é um livro lindo, com letras em bom tamanho, um papel gostoso de folhear, um papel lindo e de toque macio na capa que tem uma arte LINDA.
      Não vejo a hora de concluir a leitura desse livro, e ver acesas as luzes da mente desse personagem principal que é DEMAIS.
                                                                            (Régia Rosa)

Sessão de Terapia (I)




     Tem tanta gente por aí criticando a nova febre dos livros antiestresse para colorir. Mas Jesus já dizia: "perdoai-vos, eles não sabem o que fazem".
     Poucas coisas são mais relaxantes que sentar à mesa, escolher o desenho, definir que cores, que tipo de material; lápis de desenho ou de cor, giz pastel ou de cera, caneta ou pincel... Enfim, poucas coisas na vida são mais relaxantes que os contestados livros de colorir para adultos, uma dessas poucas coisas, é colorir com as amigas.

     Mais materiais, mais ideias, mais palavras, mais sorrisos e risos rasgados.
     Uma sessão divina de terapia.
     É como vomitar os problemas transformando-os em arco-íris.
     É dividir mágoas e dores, e multiplicar risadas e soluções pra todos os tipos de problemas, multiplicar chocolates, lápis de cor e goles de vinho. Só tinha mesmo uma forma de ficar melhor...



      As noites entre amigas são demais, como tudo entre amigas, como tudo com vinho, com comida, mas sobre tudo, não existe melhor terapia que estar entre as páginas de um livro, se encontrando ali, no perfume que exala de cada imagem impressa.
      Não há como negar, não há melhor sessão de terapia, que colorir a vida.

                                                      (Régia Rosa)

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

FALAR DE AMOR



      Falar de amor parece até ser fácil às vezes, porque tanta gente fala do nobre sentimento por aí. 
       Mas eu ainda acho que não é tão fácil assim, especialmente porque amor sempre trata de no mínimo dois. Dois amigos, dois irmãos, dois amantes, ou até mais de dois, ou um algo e um alguém.
        É por isso que esse blog passou a ser um desafio, ele parte de dois amores iguais, pra falar de dois amores iguais, mas deixa aberta vaga para outros amores e para um e outro gostar.
       Agora, sozinha, escrevo palavras que não são só minhas, são palavras de dois corações: amor de irmãs. Amor que me faz sentir que ela está aqui enquanto escrevo, pelo simples fato de saber que esse é um projeto nosso, e por isso, tento escrever palavras que eu creio que colocam pra fora sentimentos que nós compartilhamos, dividimos e trocamos.
        Se tenho uma certeza, é de que a gente não escolhe sangue, mas família a gente pode sim escolher. A gente escolhe marido. Conhece um estranho, transforma em amigo, em amor, em marido e constrói uma família.
       Pra mim a lógica é a mesma. A gente conhece um estranho, transforma em amigo, vê a amizade crescer envolta em outro tipo de amor e transforma em irmão.
         Aqui é o ponto de partida de um projeto especial.
         CAFÉS, LIVROS & inDELICADEZAS, reúne os amores de duas amigas que nasceram incrivelmente, tão iguais e diferentes, o que não parece fazer sentido, mas tudo bem, porque de mãos dadas, a gente aprendeu muitas coisas, uma delas é que nossas insanidades não são pra fazer sentido, elas são pra nos dar sentido.
         
                                                         (Régia Rosa)